terça-feira, 11 de novembro de 2008

Reflexões sobre o rádio e a globalização

O rádio é um meio de comunicação muito presente nesse processo de globalização. Ao analisar o poder da sua oralidade, percebe-se estar diante de um importante instrumento midiático que, por suas características específicas como a instantaneidade e mobilidade, assume uma posição privilegiada para informar de forma integrada, global e de forma absolutamente local, com os serviços de utilidade pública e programas, jornalísticos ou não, dedicados a pequenas comunidades.
Por ser um meio essencialmente massivo sua comunicação está voltada a um grande público, principalmente, por sua possibilidade de alcance. No entanto, a falta de imagens não coloca o veículo em desvantagem, pelo contrário, estimula a produção de ‘imagens mentais’.
O rádio é um meio de comunicação de massa que, por seu grande potencial de penetração e convencimento, esteve ligado à propagação de ideologias e manutenção da ordem vigente. Portanto, suas características o fazem atender a interesses que demandam uma grande mobilização como também evidenciam a interesses meramente locais. Essa dicotomia demonstra o poder da oralidade.
A discussão em torno da dialética que envolve o processo de globalização ganha força na relação com os bens culturais. Como se vê, a sociedade pós-moderna está diante de um processo globalizante que visa à homogeneização, a dominação das ideologias e lógicas do capital. O rádio, nesse processo, representa dois papéis: o de servir ao sistema vigente, refletindo os interesses dessa complexa estrutura de mercado, como um porta-voz da globalização; e também se apresenta, em alguns aspectos, com grande resistência às tendências globalizantes, privilegiando as comunidades locais e dando o suporte comunicacional ao falar para cada indivíduo, demonstrando, assim, uma das principais características que o fez resistir até hoje: a intimidade.

Juliana

Nenhum comentário: